03 setembro, 2008

Dedé: Barack Obama e um Brasil de Brasileiros!

Mais uma vez temos de 'olhar para fora'. Mais uma vez olhar outro país por imposição da mídia, como fagulha que só pega fogo por conta da gasolina que é a massa de iletrados e pseudo-letrados-em-faculdades-shopping-centers que compõe a massa votante de nosso querido Brasil. Aí inclusos os menores de idade que, para dar mais liga a massa tem direito de voto, mas não responde a qualquer tipo de processo cível. Só aí já percebemos o valor que damos ao nosso próprio capital democrático, o voto.

E onde entra Barack Obama no contexto?

Ele participa como arquétipo de líder nato. Provável vencedor das eleições americanas haja visto as batatadas que o 'vovô McCain' tem patrocinado e, também, pelo pretenso antecessor de mandato, por tudo isso, não há muito o que esperar de sua campanha. Não é provável, eu analisando isso debaixo de minha parca visão dos fatos, que o ocorrido na Flórida em 2004 torne a acontecer, uma virada no tapetão.

Tá, tá, ta bem! O Mundo Creme não é um blog político, sobre política e nem pretendo irritar a síndica. Mas somos seres políticos quando nos dizemos cidadãos e a exposição de opiniões sem a cegueira da paixão cega faz-se necessária. Temos de agir localmente, esse post confuso e longo pretende promover isso, pensando globalmente nas eleições de todos os municípios, câmaras de vereadores e tudo mais que vem por aí.

Não, não, não! Não tem confronto partidário, mas pretendo apenas ajustar um pouco o foco de algumas coisas que, por conta da imposição da mídia, acaba por nos distrair e tornar especialistas na eleição americana. Enquanto isso uma, tanto ou mais importante acontece aqui debaixo de nossos bigodes e saias. Essa que nos afeta no fígado, nas calçadas, no preço da passagem dos loucos ônibus que rodam por ai, as ruas esburacadas, IPTU e o cacete a quatro, passa ao largo.

Veja você que tamanha é a nossa exposição aos fatos do "mundo exterior" que um preâmbulo, uma introdução já rende quilômetros de linhas só pra "cercar o assunto" visto que minha profunda ignorância no tema acaba expondo-me a critica cruel, não só da síndica, mas de todo mundo que é, sem dúvida, muito mais conhecedor do assunto que eu. Criticas são boas e o debate, necessário. Mas que eu seja minimamente responsável e coerente.

Este texto não é messiânico, não exorta os cidadãos de bem e tampouco pretende incensar o Obama a ser uma mensagem de esperança para a população mundial. Não quer bater de frente com a síndica do blog pra me afirmar. Este texto é muito menos que isso! Este texto manifesta o desejo pessoal de que eu possa, a despeito do quão caricato seja o horário político eleitoral, escolher os meus candidatos e lembrar seus nomes em 2012.

Desejo que durante os próximos quatro anos eu possa lembrar seus nomes não porque me desafiei a fazê-lo, mas porque eu fiz valer minimamente meu voto acompanhando o que ele faz na Câmara de Vereadores e na Prefeitura sendo o cara pintada dos meus valores como cidadão.

Desejo não permitir que meus candidatos a Vereador e a Prefeito se encastelem nos seus gabinetes atrás de conchavos e políticas clientelistas. Não só porque eles sejam homens de bem, mas porque, eu seja também homem de bem e os lembre do pacto que conquistou meu voto.

Desejo pensar além do meu umbigo e considerar a minha cidade a minha casa. Cobrar do cidadão vizinho, meu par em direitos e deveres a consciência de participar pensando, colaborando e fiscalizando. E ainda que "ele" não o faça que eu não me perca em preguiças e conformismos que só alimenta a corja que está solta por aí.

Ok, educação é a solução. Mas que tal ser menos óbvio? A educação a que ele se refere é fornecida lá com o dinheiro coletado aqui em outros lugares ainda mais, muito mais, miseráveis que aqui. A educação que é fornecida lá capacita os atiradores em escolas e universidades e toda uma horda de psicopatas obesos espalhados naquela sociedade louca e consumista.

O discurso do candidato americano é feito por um político americano para americanos! Eu gostaria de prescindir do meu notebook americano, minha profissão que utiliza tecnologia norte americana, meu ipod americano.... argh! Desejo ser sim, o pescador da fábula O pescador e o executivo, mas que eu com o extra de ser também um ser político e cidadão consciente.

Esse texto romântico, panfletário e setentista vai parando por aqui, mas e o Obama?

Obama!? Quem conhece o americano-médio-senhor-Simpson desconfia que Obama só sabe que a capital do Brasil é Brasília porque é briefado por sua assessoria. Da maneira como vejo, na essência, todo presidente americano é mais ou menos Reagan e que, sendo assim, para eles do México pra baixo tudo é cucaracha, falando espanhol e nossa capital, Buenos Aires.

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