24 agosto, 2011
Permita-se mais. Feliz 2010
Crianças,
O ano novo está chegando, e na esperança de lhes desejar o melhor escrevi diferentes votos para agradar todos da melhor maneira possível. Por isso espero que um deles sirva para um de vocês :-)
Neste 2010 eu lhe desejo um...
Feliz emprego novo, para os que buscam uma melhor e nova oportunidade que atenda suas expectativas profissionais e financeiras (sem um chefe Zé Arroela e sem aquela turma da "Rádio Corredor" que tanto semeia boatos e discórdia entre todos ).
Feliz negócio novo, para os que desejam a tão sonhada independencia financeira (e não esqueçam dos amigos incentivadores, ou seja lembrem-se de mim!!!!! rs rs )
Feliz clientes, alunos ou pacientes novos, para os que precisam renovar seus contatos de negócios e fazê-lo crescer ainda mais (afinal é bom ter um dim dim a mais mesmo que seja a custa de aturar malas!!!).
Feliz faculdade, pós, mestrado, doutorado novo, para os que querem aprender mais e evoluir em suas vidas (afinal conhecimento não ocupa espaço e sempre nos dá uma vantagem a mais!!!) x
Feliz carro novo, para os que não aguentam mais os problemas do velho ou porque sonham em ter um carango mais equipado ( ou porque não aguentam mais a fila do busão, da kombi e da Van!!!)
Feliz namorado novo, para os que buscam um novo amor (menos mala que o(a) anterior ou que seja finalmente a pessoa tão esperada!!!)
Feliz casamento novo, para os que começarão uma nova vida juntos ou os que tentarão mais uma vez (e que dessa vez seja com mais sorte em ser feliz!!!!)
Feliz filho novo, para os que estão esperando ou acabaram de receber novos bebês em suas famílias ou os que desejam um (ou mais uns quatro de uma vez!!! rs rs rs).
Feliz casa nova, para os que procuram um lugar dos sonhos onde a energia seja recarregada com harmonia e paz todos os dias (sem vizinha neurótica embaixo que reclame dos passos da sua cadelinha rs rs rs!!!)
Feliz fé nova, ainda que seja a antiga fé renovada e que esta possa ajudar a responder as perguntas tão subjetivas como "O que SOU, para ONDE vou, PARA QUÊ existo?" (se é que tem resposta para isso rs rs rs)"
Feliz cura nova, para os que buscam uma cura física, espiritual e emocional de seus respectivos males (até porque os remédios estão pela hora da morte e as terapias diversas também!!! rs rs rs).
Feliz viagem nova, para os que desejam conhecer algum novo destino ou conhecer aquele lugar dos sonhos (afinal viver sem viajar é não ter história para contar!!! rs rs
Feliz amante novo(a), para os que acham que a dor de cabeça que isso causa vale o esforço de manter um(a).
Feliz guarda roupa nova, porque é bom comprar roupas e ficar bonito(a) sempre rs rs rs!!!
Feliz cabelo novo, porque é sempre bom mudar o visual, nem que seja de penteado!! (mas evitem o gel, por favor rs )!!
Feliz corpo novo, porque a gente precisa cuidar do templo da nossa alma para assim conseguir ficar mais tempo por aqui na Terra (e porque é bom ouvir uns assovios na rua he he he he he)!!!!!
Feliz alma nova, porque é sempre bom renovar o pacto consigo mesmo de ser feliz, apesar de nem tudo ser como se deseja sempre (ainda que doa aprender algo tão óbvio como se ainda tivéssemos 8 anos de idade rs rs rs rs)!!!
Feliz Planeta Novo, porque é preciso cuidar da Terra que nos dá o que dela precisamos para viver. (Afinal, está na hora de parar de ler apenas sobre COP15 e GreenPeace e se mexer para fazer algo pelo ambiente!!!!!)
e finalmente, apenas e tão somente um
FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!!!
e mesmo que nem tudo de bom aconteça, lembre sempre o que Rani Guru Hindu diz:
tudo tem um lado positivo, até a pilha
Passeio Socrático - Por Frei Beto
PASSEIO SOCRÁTICO
Frei Betto
Ao viajar pelo Oriente mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.
Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelo produz felicidade?'
Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...'. 'Que tanta coisa?', perguntei.. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'
Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?
Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual.. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...
A palavra hoje é 'entretenimento'. Domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor.. Aliás, para uma boa saúde mental, três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático. Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!"
Frei Betto
Ao viajar pelo Oriente mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.
Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelo produz felicidade?'
Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...'. 'Que tanta coisa?', perguntei.. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'
Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?
Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual.. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...
A palavra hoje é 'entretenimento'. Domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor.. Aliás, para uma boa saúde mental, três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático. Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!"
O perigo de uma única estória
Dica da minha amiga Lili!!! OBRIGADA POR COMPATILHAR!!! MTO BOM!!!!
sugiro a TODOS que assistam esse vídeo de 20 minutinhos. Tem legenda, é só clicar em subtitle e escolher Portugues Brazil logo abaixo do video.
Nem adianta eu escrever o que penso.. .melhor assistir.. rs rs rs .é uma aula de cidadania, respeito ao outro, exemplo de amor a pátria e a própria cultura e exemplo de mente aberta para as demais culturas tb!!!!!
Se todos fôssemos menos preconceituosos e mais abertos com certeza aprenderiamos mto com outras culturas e outras pessoas!!!! E enriquecerimaos nossas almas de com muita coisa boa que tem nesse planeta!!!!!
Reparem na parte que ela fala de uma pessoa humilde comentando sobre o livro dela!!! O que prova que TODOS nao importa a classe TEM sempre algo precioso para compartilhar!!!!
"Nossas vidas, nossas culturas são compostas de muitas histórias sobrepostas. A escritora Chimamanda Adichie conta a história de como ela encontrou sua autêntica voz cultural - e adverte-nos que se ouvimos somente uma única história sobre uma outra pessoa ou país, corremos o risco de gerar grandes mal-entendidos."
bjoca a todos e paciencia, o filminho é longo mas vale a pena perder minutinhos com coisas edificantes!!!
sugiro a TODOS que assistam esse vídeo de 20 minutinhos. Tem legenda, é só clicar em subtitle e escolher Portugues Brazil logo abaixo do video.
Nem adianta eu escrever o que penso.. .melhor assistir.. rs rs rs .é uma aula de cidadania, respeito ao outro, exemplo de amor a pátria e a própria cultura e exemplo de mente aberta para as demais culturas tb!!!!!
Se todos fôssemos menos preconceituosos e mais abertos com certeza aprenderiamos mto com outras culturas e outras pessoas!!!! E enriquecerimaos nossas almas de com muita coisa boa que tem nesse planeta!!!!!
Reparem na parte que ela fala de uma pessoa humilde comentando sobre o livro dela!!! O que prova que TODOS nao importa a classe TEM sempre algo precioso para compartilhar!!!!
"Nossas vidas, nossas culturas são compostas de muitas histórias sobrepostas. A escritora Chimamanda Adichie conta a história de como ela encontrou sua autêntica voz cultural - e adverte-nos que se ouvimos somente uma única história sobre uma outra pessoa ou país, corremos o risco de gerar grandes mal-entendidos."
bjoca a todos e paciencia, o filminho é longo mas vale a pena perder minutinhos com coisas edificantes!!!
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