12 junho, 2007

A arte de amar - Mané Bandeira

Se queres sentir a felicidade de amar,

Esquece a tua alma.

A alma é que estraga o amor.

Só em Deus ela pode encontrar satisfação.

Não noutra alma.

Só em Deus - ou fora do mundo.



As almas são incomunicáveis.

Deixe o teu corpo entender-se com outro corpo,

porque os corpos se entendem, mas as almas não

Em homenagem ao dia dos namorados, este texto acima de Manuel Bandeira reflete o que até os psicólogos já diziam.
É preciso ser feliz... sozinho, ou melhor por si mesmo.
Ninguém preencherá o vazio que existe dentro de nós a não ser nós mesmos, com nossas idéias, nossos pensamentos, nossas divagações, nossas paixões interiorizadas, nossos sonhos.

Seria este o verdadeiro amor maduro? Aquele que compreende que
capacidade de ser feliz e de amar não vem do outro mas apenas do fato de amar a si mesmo e ser feliz consigo mesmo?

Já dizia Rita e Arnaldo: Amor é um. Sexo é dois.
Para bom entendedor basta. Cada um ama através de si mesmo e apenas consigo mesmo.
Até a dor de cotovelo é pessoal e intransferível.
O cotovelo é nosso não do ser amado.
E há ainda quem passe anos amando outro sem nunca dizer ao outro.
Por tudo isso e muito mais o amor é um.
E um é a solidão da alma.
E por isso as almas não se entendem.

Já o sexo...

Só mesmo à dois pra ter o sabor de corpo.
Porque os corpos se entendem.
Mas as almas não.




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