25 junho, 2008

Crônicas: O longe



Caros amigos,
ontem fui brindada gentilmente com alguns emails elogiando e agradecendo o texto que mandei sobre o velho atravessando a rua.
Acreditem, mandei sem imaginar que sequer receberia uma reposta, e fico feliz que de alguma forma o que eu tenha escrito mexeu positivamente com alguns que leram. Marcelle, vc disse na sua resposta que eu sou a salvação do pessoal de informáticaporque tenho sensibilidade rs rs rs rs, mas eu reforço que engenheiros e homens em geral também tem, pq os meninos foram os que mais responderam!!!! O mundo está mudando!!! rs rs rs rs

Isso me faz ter novo gás para voltar a minha "cachaça" que é escrever estórias, contos, e textos soltos. Andei adormecida, pq a vida corrida nos leva a priorizar outras coisas mais fundamentais ao dia a dia. Mas como estou num período sabático na IBM essa semana, sobrou tempo para escrever.

Espero em breve poder voltar com tudo, mas isso não é um compromisso com ninguém mais senão do que comigo mesma. Afinal se escrevo é para expor como vejo o mundo, tal como alguém que pinta um quadro, sem qualquer expectativa de que venha ser "comprado" por milhões de dólares.

Mas é claro que me sinto regozijada ao receber com carinho a resposta de vocês e obrigada, porque isso é um incentivo puro e sem interesse, tal como o que escrevo é, sem menor intenção de causar nada, apenas de dar voz ao que tem em mim.

Para hoje, uma observacao boba...

O longe

Já repararam como pouco olhamos para o horizonte? Certa vez vi uma reportagem em que um médico oftalmo relatava que o homem moderno tem dificuldades de olhar para longe, porque o mundo moderno é tudo muito "perto". A tela da TV, telas de micros, o carro da frente, a porta do vizinho no corredor do edifício, o predio ao lado... Pouco olhamos para o horizonte, lá longe, e dai nossa perda de "visão" à longas distâncias em relação aos nossos ancestrais.

Poderia falar que isso é uma metáfora interessante, o longe pode ser entendido como o amanhã, ou como as pessoas que estão distantes de nós, ou como um sonho que deixamos pra lá, porque está longe.
E por ser mais fácil de ver, preferimos o que está perto, o hoje, as poucas pessoas ao nosso redor, as numerosas tarefas do dia a dia.
Depois que vi essa reportagem, tomei por hábito eventualmente tentar olhar para longe. Coisa que é difícil, porque são inúmeros os arranha-céus e obstáculos à nossa frente.

Mas fui brindada há 4 anos quando vim para Jacarepagua, terra ainda sem tantos edifícios e que me permitiam olhar da sacada da varanda para o "longe", de onde eu avistava até mesmo a Pedra da Gavea!!! Eu realmente via o longe.
Há 7 meses, morando num novo condomínio, ganhei de presente essa paisagem que envio anexa. É o meu longe que bate na janela do meu quarto todas as manhãs... e a sensação de olhar para o sol nascendo me faz ser grata pela oportunidade de ver o longe logo nas primeiras horas do dia e anima o dia de uma forma maravilhosa!

Este é o último nascer do sol de outono de 2008. Quando olho para essa paisagem, percebo a grandeza do nosso mundo. Espero que vocês possam ver o "longe" em diferentes oportunidades do dia. Afinal é de graça e faz a gente ver como a vida é imensamente grandioza para perdermos tanto tempo com a tela do computador!



por Raquele Braga 25-06-08

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