Me mudei recentemente, de uma casa para um apartamento com cobertura, num condomínio com um lindo bosque de 11 mil metros quadrados de muito verde, árvores, passarinhos cantando.
Uma vista linda.
Todos os dias acordo e me deparo com essa linda paisagem.
Me sinto feliz e privilegiada em poder ver o verde de vida, ao invés do cinza morto dos asfalto e prédios das grandes cidades (apesar de morar em uma).
Daí, após me espreguiçar, sorridente com esse presente diário de Deus, eu ergo o olhar para o longe, avisto o cemitério.
Vista interessante e pacífica.
Olhar para os "mortos" de manhã cedo é de fazer a gente pensar na vida.
Pensar que é preciso viver bem cada dia, curtindo o que a vida dá e refletindo quando ela nos tira.
É uma vantagem olhar para o verde vivo e logo para a morte no cemitério.
Serve de alerta, já que cedo ou tarde, essa visão do cemitério não será mais de longe, será de baixo de 7 palmos.
Por isso é urgente viver.
Viver intensamente.
De qualquer forma, esse não é um texto sorumbático e triste.
É apenas reflexivo.
Talvez porque o dia esteja cinza e alma anda de luto.
E luto é sinal de respeito e quietude por algo que precisou morrer.
Mas assim como o verde se renova todo dia e na primavera se torna mais vivo que nunca, assim a alma de luto também ficará alegre e feliz.
Afinal tudo passa!!! Até uva!!!
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