Mais uma vez temos de 'olhar para fora'. Mais uma vez olhar outro país por imposição da mídia, como fagulha que só pega fogo por conta da gasolina que é a massa de iletrados e pseudo-letrados-em-faculdades-shopping-centers que compõe a massa votante de nosso querido Brasil. Aí inclusos os menores de idade que, para dar mais liga a massa tem direito de voto, mas não responde a qualquer tipo de processo cível. Só aí já percebemos o valor que damos ao nosso próprio capital democrático, o voto.
E onde entra Barack Obama no contexto?
Ele participa como arquétipo de líder nato. Provável vencedor das eleições americanas haja visto as batatadas que o 'vovô McCain' tem patrocinado e, também, pelo pretenso antecessor de mandato, por tudo isso, não há muito o que esperar de sua campanha. Não é provável, eu analisando isso debaixo de minha parca visão dos fatos, que o ocorrido na Flórida em 2004 torne a acontecer, uma virada no tapetão.
Tá, tá, ta bem! O Mundo Creme não é um blog político, sobre política e nem pretendo irritar a síndica. Mas somos seres políticos quando nos dizemos cidadãos e a exposição de opiniões sem a cegueira da paixão cega faz-se necessária. Temos de agir localmente, esse post confuso e longo pretende promover isso, pensando globalmente nas eleições de todos os municípios, câmaras de vereadores e tudo mais que vem por aí.
Não, não, não! Não tem confronto partidário, mas pretendo apenas ajustar um pouco o foco de algumas coisas que, por conta da imposição da mídia, acaba por nos distrair e tornar especialistas na eleição americana. Enquanto isso uma, tanto ou mais importante acontece aqui debaixo de nossos bigodes e saias. Essa que nos afeta no fígado, nas calçadas, no preço da passagem dos loucos ônibus que rodam por ai, as ruas esburacadas, IPTU e o cacete a quatro, passa ao largo.
Veja você que tamanha é a nossa exposição aos fatos do "mundo exterior" que um preâmbulo, uma introdução já rende quilômetros de linhas só pra "cercar o assunto" visto que minha profunda ignorância no tema acaba expondo-me a critica cruel, não só da síndica, mas de todo mundo que é, sem dúvida, muito mais conhecedor do assunto que eu. Criticas são boas e o debate, necessário. Mas que eu seja minimamente responsável e coerente.
Este texto não é messiânico, não exorta os cidadãos de bem e tampouco pretende incensar o Obama a ser uma mensagem de esperança para a população mundial. Não quer bater de frente com a síndica do blog pra me afirmar. Este texto é muito menos que isso! Este texto manifesta o desejo pessoal de que eu possa, a despeito do quão caricato seja o horário político eleitoral, escolher os meus candidatos e lembrar seus nomes em 2012.
Desejo que durante os próximos quatro anos eu possa lembrar seus nomes não porque me desafiei a fazê-lo, mas porque eu fiz valer minimamente meu voto acompanhando o que ele faz na Câmara de Vereadores e na Prefeitura sendo o cara pintada dos meus valores como cidadão.
Desejo não permitir que meus candidatos a Vereador e a Prefeito se encastelem nos seus gabinetes atrás de conchavos e políticas clientelistas. Não só porque eles sejam homens de bem, mas porque, eu seja também homem de bem e os lembre do pacto que conquistou meu voto.
Desejo pensar além do meu umbigo e considerar a minha cidade a minha casa. Cobrar do cidadão vizinho, meu par em direitos e deveres a consciência de participar pensando, colaborando e fiscalizando. E ainda que "ele" não o faça que eu não me perca em preguiças e conformismos que só alimenta a corja que está solta por aí.
Ok, educação é a solução. Mas que tal ser menos óbvio? A educação a que ele se refere é fornecida lá com o dinheiro coletado aqui em outros lugares ainda mais, muito mais, miseráveis que aqui. A educação que é fornecida lá capacita os atiradores em escolas e universidades e toda uma horda de psicopatas obesos espalhados naquela sociedade louca e consumista.
O discurso do candidato americano é feito por um político americano para americanos! Eu gostaria de prescindir do meu notebook americano, minha profissão que utiliza tecnologia norte americana, meu ipod americano.... argh! Desejo ser sim, o pescador da fábula O pescador e o executivo, mas que eu com o extra de ser também um ser político e cidadão consciente.
Esse texto romântico, panfletário e setentista vai parando por aqui, mas e o Obama?
Obama!? Quem conhece o americano-médio-senhor-Simpson desconfia que Obama só sabe que a capital do Brasil é Brasília porque é briefado por sua assessoria. Da maneira como vejo, na essência, todo presidente americano é mais ou menos Reagan e que, sendo assim, para eles do México pra baixo tudo é cucaracha, falando espanhol e nossa capital, Buenos Aires.
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